Monday, September 01, 2008

Marcos Freitas na I Bienal Internacional de Poesia - Lançamento do livro "Raia-me Fundo o Sonho tua Fala"


I BIP / MINI-FEIRA DO LIVRO DE POESIA - Lançamento coletivo
Local: Pilotis da BNB - Biblioteca Nacional de Brasilia
Dia 3 de setembro
Horário 15h30

Livro: Raia-me Fundo o Sonho tua Fala
Marcos Freitas


Raia-me fundo o sonho tua fala
Autor: Marcos Freitas
Formato: 14x21 cm
124 páginas
Capa e ilustrações: Manoela Afonso

I BIP no SESC
RESTAURANTE

Papéis para bandeja com temas poéticos

Proposta: Jogos americanos poéticos (forro para bandeja de refeição) com as 35 poesias vencedoras do Prêmio SESC de Poesias Carlos Drummond de Andrade 2007.
Data: de 1 a 6 de setembro
Local: SESC Estação 504 Sul


Sarau com a Tribo das Artes e convidados, seguido de coquetel no Teatro SESC Estação 504 Sul. Dia 03/09, das 19 às 22 horas, quarta-feira.
Programa do sarau

Lançamento da revista: Tribo das Artes nº. 17
Poemação: Recital que prevê uma seqüência de apresentações (de poetas, compositores e vídeos-poema), de até cinco minutos cada, aberto a participações espontâneas.
Poetas convidados: Interpretação ou leitura dos poemas premiados pelo SESC em 2007


POEMAÇÃO RAYUELA BISTRÔ 413 Sul
Com projeção de vídeos-poema
Produção Juliana Monteiro
4 e 6/09; 21h30
Com Alfonso Hernández; Alícia Miralles; Ana Maria Lopes; Marcos Freitas; Fred Maia; Tita Lima e Silva; Alexandre Pilati; Paco Cac; Ronaldo Cagiano; Francisco Marcelo Cabral (RJ); Lina Tâmega (DF); Oleg Andreév; Nida Chalegre; Hezio Teixeira; Cacá Pereira; Eduardo Rangel; Vera Americano; Astrid Cabral; Paulo Roberto Flyer.
Participação de Marcio Bomfim (voz e violão).
Aberto a interessados. Inscrição no local.

Lançamento e distribuição gratuita da Micro-Antologia - Livro na Rua
Série Poetas Brasileiros Contemporâneos - nº 44 - Editora Thesaurus
Marcos Freitas


Além de participação em diversos cafés e saraus....
http://www.bienaldepoesia.unb.br/

MARCOS FREITAS - Marcos Airton de Sousa Freitas nasceu em Teresina, Piauí. Engenheiro Civil. Servidor Público Federal. Especialista em Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas – ANA. Professor Universitário. Poeta. Contista. Tradutor. Letrista. Participa, em Brasília – DF, do Coletivo de Poetas. Publicou os livros "Neurocomputação Aplicada" (1998), “A Vida Sente a Si Mesma” (2003), “A Terceira Margem Sem Rio” (2004), “Moro do Lado de Dentro (CBJE, 2004), “Quase um Dia” (CBJE, 2006), “Na Curva de um Rio, Mungubas” (CBJE, 2006) e "Marcos Freitas: Micro-Antologia Livro na Rua - Série Poetas Brasileiros Contempâneos nº 44" (Ed. Thesaurus, 2008). Participou de dezenas de Antologias de Poesias e Contos. No prelo, os livros “Staub und Schotter” (poesias em alemão, inglês, italiano, espanhol, francês, tcheco e português), "Urdidura de Sonhos: Poemas Escolhidos" (2008) e "Que Venha a Seca: Modelos para a Gestão de Recursos Hídricos em Regiões Semi-áridas" (2008). Inéditos os livros “Amores fora dos eixos” (romance) e Barrocão (romance). Premiado em 3º lugar no Prêmio SESC de Poesia Carlos Drummond de Andrade, em 2006. Filiado à Associação Nacional de Escritores - ANE. Lançando na I BIP, o livro “Raia-me fundo o sonho tua fala” (poesia).

Sobre os livros do autor:

Na Curva de um Rio, Mungubas

"Na Curva de um Rio, Mungubas - apresenta um virtuoso experimento literário de um autor que faz do mundo e cidades uma geografia em prosa - quase memória – capaz de revelá-lo, nas suas andanças e latitudes, sem que o leitor precise lançar mão de oráculos, mapas astrológicos ou cartografias.
Marcos Freitas é professor universitário, formado em engenharia civil, com especialização em recursos hídricos e meio ambiente, mas antes de tudo, é poeta. Nasceu em Teresina e passou a infância/adolescência no Barrocão - a mesma rua que o poeta Torquato Neto imortalizou em verso e canção: “Toda rua tem seu curso/Tem seu leito de água clara/Por onde passa a memória/Lembrando histórias de um tempo/Que não acaba...Ê, São João, ê, Pacatuba/Ê, rua do Barrocão/Ê, Parnaíba passando/Separando a minha rua/Das outras, do Maranhão”.
Dos fragmentos da sua prosa arma-se a tessitura de achados em alfarrábios, postais e viagens. Estaria sua alma perdida? nos provoca - o autor -, do labirinto da sua linguagem e, espera da nossa parte, que nos achemos com ele nestas ciladas. Ele sabe que das palavras nos afeiçoamos e, por meio delas, passamos a gostar com a alma, que tudo desvela.
Garimpando sua oficina-lavra Marcos Freitas extrai de si e da sua vivência uma imanência capaz de transcendê-lo e nos tocar. Cá estamos com o seu inventário de mil e uma noites - remontados os moinhos e cruzadas - atravessamos pontes no Vltava, guerreamos cavalos de paus nos baldios, quintais e barrancos de rio. Ele exige que seja preenchida a página de nossas vidas.
O que podemos esperar de um poeta? Que dê nome às mulheres – Sabrine com uma bicicleta -, por exemplo. Que dê forma a pássaros em revoadas e deixe pegadas. Rememore pedaços de tardes vagas e indique vestígios de cidades.
Na Curva de um Rio, Mungubas, deixamos para trás a identidade perdida ou não definida e nos reinventamos personagens aos trancos de narrativa – à deriva – sob o signo da poesia. Seguimos de improviso por rotas imprevistas e paragens iniciáticas, só com o troco da passagem, conjugados na primeira pessoa do plural: autor e leitor."
(Fred Maia, Brasília-DF, 30 de julho de 2006)
118 páginas - formato 13,5x21,0 cm
Edição: Câmara Brasileira de Jovens Escritores
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Quase um Dia

Coletânea de poemas de rara sensibilidade, dentre os quais destacamos:

EU, MERO COADJUVANTE

no filme que não vimos
não comemos uma só pipoca
nem nos beijamos no escuro

o filme que não vimos
não era falado, sequer mudo
nem italiano, quiçá russo

o filme que não vimos
não era metragem curta, nem longa
muito menos desenho do Pernalonga

o filme que não vimos
não era político, de qualquer matiz,
era sim pura poesia e você a atriz

Marcos Freitas
96 páginas - formato 13,5x21,0 cm
Edição: Câmara Brasileira de Jovens Escritores
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Moro do Lado de Dentro

Moro do Lado de Dentro é o terceiro livro de poesia do escritor, engenheiro civil e servidor público Marcos Airton de Sousa Freitas, piauiense, 42 anos. Os dois primeiros são A Vida Sente-se a Si Mesma e A Terceira Margem Sem Rio. Marcos tem participação na Antologia de Poesias, Contos e Crônicas Livre Pensador, na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos e no Panorama Literário Brasileiro 2004/2005 – As 100 Melhores Poesias de 2004. Este novo livro reúne 65 poemas, que radiografam os mistérios e os desmistérios da vida. E é dividido em quatro partes: Um Jeito Meio Assim; Irreversibilidade; Endereço de Infância; e Por Sonhos, Serra, Sina e Suor. Marcos Freitas é mais um poeta independente escolhido pela Poesia para, também, prosseguir com a saga da Esperança, uma vez que a indústria cultural, neste país da economia do quem é quem (e alhures) continua na contra-mão da Poesia. Essa indústria não investe em Poesia; a Poesia, dizem os proprietários da indústria cultural, não dá lucro. Isto mesmo: Poesia não dá lucro. Ainda bem. Mesmo poetas consagrados como Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, nunca tiveram tiragem de suas obras superiores a 3 mil exemplares, num país que tem hoje mais de 180 milhões de brasileiros. Tem sido assim, esta discriminação contra o Poeta e a Poesia, desde os tempos de Platão e Aristóteles. Os dois, aliás, chegaram à Estética através do estudo e da discussão da Poesia. E o fato é que a esmagadora maioria dos poetas também prefere dar as costas à indústria cultural. A Poesia, por estar na raiz da criação literária de todos os povos e culturas que registraram alguma manifestação literária, continua com a sua tarefa de revelar o humano que se esconde por traz de cada um de nós. O mistério da Poesia é de uma transparência desconcertante para um Mundo tão desumano, belicoso, entrevado, cheio de sombras, contradições sociais, segredos, rasteiras, negociatas... A Poesia, na sua transparência/mistério, depois que se desprende do Poeta, pertence ao outro – e, por extensão à sociedade, posto ser tijolo e argamassa, matéria-prima do processo civilizatório. Quando o Poeta é sincero, a sua poesia não mente. E isto provoca uma identificação - que se transforma em cumplicidade - com o leitor. O outro. A sociedade. Na poesia, os contrários se atraem, se recolhem, se repesam, se revezam e se completam, numa generosidade e crescimento mútuo pra lá de fraterna. Numa sedução pra cá de eterna. A Poesia é água, terra, mar, ar e, às vezes, fogo. Tem sido assim - “O que se partiu, cristal não era”, (Drummond) – e assim será, até o fim do Mundo. Até o fim de tudo. Quer dizer, do verso. Por que existe Poesia? Por que existem pessoas que gostam de Poesia? Por que essas pessoas, desde que o Mundo é Mundo, continuam incentivando a Poesia? A Bíblia fala em “sal da terra”. As angústias humanas (também os prazeres) são desberlotados pelo Poeta no Poema. E o Poema, como se sabe, é o depositário fiel da Poesia. O código humano é uma estética poética e este código está presente, em grande parte, na poesia de Marcos Freitas. Quem ama não pode estar errado, mas quem não ama está errado porque não ama. Para quem não sabe, a palavra cria armadilhas, mas, quem sabe, cria armadilhas semânticas com as palavras, que instigam a inteligência. A luta (pacífica) de classes, o sofrer, o prazer, a vida, a morte, a dor, o sorriso, a brochura, o tesão, o segundo, a eternidade etc cabem no Poema. Cabem no liquidificador da Poesia. E a humanidade e o universo se encaixam direitinho no coração do Poeta, na medula da Poesia. Seria o poeta um super-homem? Uma mulher maravilha? Claro que não, eles não existem. Ao contrário do Poeta, que sofre e ama, como dizia Cassiano Ricardo. E ao contrário de certos homens - donos e gerentes do poder - o Poeta não odeia. Ao contrário dos que elegem a mais valia como filosofia máxima de vida, o Poeta apenas ama. O Poeta se questiona permanentemente e isto não quer dizer que ele não tenha a tão falada paz de espírito. Ele tem a paz já no corpo em si. O Poeta se questiona constantemente porque o Homem e o Universo ainda estão incompletos. O Artista se imbui da paisagem e do cheiro do seu povo e por isto mesmo é formador de opinião, criador de cultura e de civilização. O passado que era Arte e não se sabia; a paisagem que era Arte e não se intuía, os problemas sociais que eram Arte e não se atinava, viram Arte no presente para a eternidade. Transmutam-se em Poesia. Você pode até não concordar com essa Arte, com essa Poesia, com as idéias dessa arte, mas tem alguma coisa neles que lhe prende a atenção, que lhe aguça a inteligência e a sensibilidade. A vida que o Artista ou Poeta cria para si mesmo, nos leva a instantes quase mágicos, de uma carga estética e emocional que nos transportam, por alguns momentos, para outra dimensão. Como se existisse o mágico, como se existissem os instantes. “Arte longa, vida breve” (Horácio). A condição humana que o Artista ou o Poeta criam revela o quanto somos, enquanto semente e sumo, polpa concreta e sensações. A realidade, física e existencial, provoca no Artista ou no Poeta o dom da criação estética. A ausência do amor físico, por exemplo, leva o Poeta a cantá-lo como se, assim, o trouxesse para o presente, para perto de si; e o traz. O Artista ou o Poeta, em sua solidão de trabalho, cria uma arte solidária. No caso do Artista ou do Poeta, a Arte, a Poesia, são saídas do abismo existencial em que se encontram. Comovido pela dor geral, o Poeta escreve versos sinceros e, por isto mesmo, comoventes. “A verdade é revolucionária” (Lênin). Essa estética acompanha a poesia de Marcos Freitas, onde quer que ele esteja: Teresina, Fortaleza, Brasília, Alemanha, República Tcheca... Há no cidadão planetário Marcos Freitas uma vontade de mudar a realidade mesquinha. Há no poeta Marcos Freitas uma vontade danada de mudar o Mundo. Não quero dizer com isso que o homem Marcos Freitas maximiza o poeta que ele carrega dentro de si. Quero apenas lembrar de Mário Quintana: “fora da poesia não há salvação”. Há em cada ser humano uma porção que se comove com a Poesia. Marcos Freitas é um homem que se resolve com a poesia. Como, aliás, quase todos os seres humanos se resolvem através da Arte, de uma forma ou de outra. O Mundo é pequeno para o Poeta. Por isso ele vive. E quando todas as vozes parecem calar, Ele canta.

Menezes y Morais Brasília, verão de 2005
96 páginas - formato 13,5x21,0 cm
Edição: Câmara Brasileira de Jovens Escritores

“A obra A Vida Sente a Si Mesma é dedicada a três piauienses Francisco Pereira, Mário Faustino e Torquato Neto. Em suas poesias, Marcos Freitas, sempre destaca o Piauí, a cidade de Teresina, os poetas locais e a cultura. O lado social também não é esquecido. Alguns textos são escritos em espanhol, inglês e alemão, influência do período em que esteve morando no exterior.”

Jornal Meio Norte – Teresina (PI), 18.09.2004.

“Estou me deliciando com seu livro A Vida Sente a Si Mesma. (...) Seu texto oscila entre um certo cosmopolitismo e o telúrico. É um texto multifacetado onde o ponto alto é o lirismo memorial. Aqui e acolá há uns toques de sensualidade que não deixam de fazer bem. Isso tudo é vantajoso, pois o leitor nunca tem idéia do que vem na página seguinte. O ponto alto está no seu retorno ao patrimônio memorial.”
Batista de Lima – Fortaleza (CE), 28.03.2005.

“Um lindo livro A Terceira Margem Sem Rio. Lindo por fora. E muito mais por dentro, de conteúdo. Marcos Freitas é poeta. Desde ele mesmo. Jovem bonito e às voltas com tanta coisa bonita: a engenharia, a natureza, o meio ambiente, a vida em plenitude. A expressão de tudo isto só pode ser a beleza, a arte, a poesia, que mais uma vez se consubstancia em livros.”

Djalma Silva – Goiânia (GO), 12.11.2004.

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