Wednesday, June 26, 2013

Lançamento do livro A voz a ti devida


O intérprete em processo

 
 
"O intérprete em processo"

A formação de um ator exige treino, dedicação e tempo. Passa por estudo, leitura, intensos exercícios corporais, pelo estímulo da sensibilização e da criatividade, pelo desenvolvimento da consciência coletiva, pelo correto uso da voz em cena, pela flexibilização das emoções, ou seja, por um processo que, ao ser iniciado, não para nunca.

A oficina pretende levar a atores, não atores e curiosos pela arte da interpretação um recorte do que vem a ser essa preparação para a vivência do ator. Serão propostos jogos para estimular a confiança em grupo, a escuta e a resposta em cena, além de exercícios respiratórios para um uso eficiente da energia física e da disponibilidade vocal. Improvisações individuais e em grupo, leitura dramática e composições também serão trabalhadas ao longo da oficina.

Datas: 8 a 19 julho (segunda, quarta e sexta)

Hora: 15h às 18h

Local: Espaço Trilhos ( Av Miguel Rosa x Av Frei Serafim)

Inscrições: R$40,00 / zereisneto.reis@gmail.com / (86) 9954-0911

***** Para a inscrição, peço que enviem, por e-mail, um breve comentário sobre o interesse pela oficina *****


Público-alvo: atores, não atores e curiosos por teatro a partir de 15 anos.


Sobre o ministrante:

Zé Reis é ator de teatro e audiovisual. Teve como mestres Adriana Lodi, Wandem Lima, Luciana Martuchelli, Santiago Serrano, Suzana Amaral, Nelson Xavier, Jean Jacques Lemêtre, Inés Armas, Fagner Pavan e Victoria Viberti. Estoudou Jazz Moderno na Academia Lúcia Toller (Brasília) Fez parte do Projeto FACE , Formación de Artistas Contemporáneos para la Escena (Buenos Aires).

Atuou nos espetáculos Na Ponta dos Pés (direção: Adriana Lodi), Mais uma dose para consumir em alguma noite de insônia (direção: Ernani Sanchez), Woman is the nigger of the world? (direção: Wilson Granja), Legionários da Capital (direção: Luana Proença), A Bela Adormecida (Ballet - Direção: Waleska Guimarães), Correntes (direção: Wandem Lima), O Santo Inquérito (direção: Wandem Lima) e A Batalha do Jenipapo (direção: Franklin Pires).

Atuou em 14 curtas-metragens produzidos em Brasília e participou de diversos programas de rádio da Faculdade de Comunicação da UnB. Foi assistente da atriz Adriana Lodi em suas oficinas de Leituras Dramáticas e Poéticas e participou de leituras dramatizadas do CCBB, dirigidas por Adriana Lodi. Foi convidado em 2011 e em 2012 para apresentar a Gincana Cultural do Instituto Dom Barreto (Teresina).


Poetas Jorge Amâncio e Marcos Freitas na Quinta Cultural do T-Bone




Monday, June 24, 2013

Secretaria de Cultura: produtora ou fomentadora?

Dia do evento
20 de junho 2013 às 12:06
Antes da existência do FAC, o secretário de cultura podia decidir como aplicar todos os recursos de sua pasta. Assim, ele priorizava as atividades da própria Secretaria e os projetos da comunidade eram preteridos. Só conseguiam apoio eventual alguns “apadrinhados” e outros que tinham muita importância na cidade. Mas a grande maioria ficava sem nada e alguns se submetiam à humilhação para realizar seus projetos. Os contemplados não eram comparados com as demais propostas para saber qual delas teria melhor mérito cultural.
Havia duas injustiças na antiga forma de decisão: 1 – Elas priorizavam as produções culturais da própria Secretaria de Cultura; 2 – o pouco que era repassado como fomento favorecia os “apadrinhados” e estava vulnerável à manipulação, criando no gabinete um “balcão” de negócios político-culturais.

O movimento lutou contra essas injustiças e conquistou o FAC
O movimento cultural dos anos 80 lutou muito por uma política democrática de fomento e, em 1991 foi criado o primeiro Fundo de Cultura do DF, o FAAC. Mas somente em 1999 ele foi transformado no FAC e passou a ser realmente usado para o fomento. 
Para atacar a primeira injustiça acima mencionada, o FAC impede o governo de concorrer com a comunidade, separando as fontes financeiras. Essa separação aparece no art. 2º da Lei 267/99, que criou o FAC dentro do “Programa de Apoio à Cultura”. O art. 8º, § 3º, diz: “É vedado o acesso aos recursos do FAC às entidades governamentais.” Com isso, fica clara a separação das fontes de recursos: o FAC é o mecanismo destinado somente aos projetos da comunidade.
A segunda injustiça também foi atacada pela lei do FAC. A seleção é precedida de divulgação de edital para que todos possam concorrer. Além disso, as decisões são tomadas pelo Conselho de Cultura (art. 6º, § 2º), do qual, metade dos participantes era eleita pela comunidade. Com isso, a decisão saiu do gabinete do secretário e o mérito cultural passou a ser o critério mais importante.
Então, o FAC foi a melhor invenção da política cultural do DF. Mas ele já sofreu retrocessos: em 1999 o governo Roriz acabou com a eleição dos representantes da comunidade para o Conselho de Cultura. Agora o governo Agnelo quer passar a selecionar sem editais. A história do fundo está disponível em www.culturadeclasse.blogspot.com.br

O governo atual quer usar o FAC para sua produção cultural
O atual governo passou a cortar cada vez mais as fontes de recursos destinados às atividades da Secretaria. Então, em lugar de lutar contra esses cortes, ela tenta driblar a lei, usando o FAC para realizar seus próprios projetos. Faz isso incluindo no edital algumas “modalidades” que são, na prática, uma encomenda de projetos pré-definidos.
Em 30 de agosto de 2013, o secretário de cultura divulgou uma nota anunciando que usaria o FAC para reformar os teatros e realizar outros eventos da Secretaria. A nossa gritaria foi grande e ele teve que voltar atrás. Agora, está fazendo a mesmo coisa. Só não tem mais a dignidade de assumir que são projetos do próprio órgão.
Nós consideramos que as atividades da Secretaria são da maior importância, mas, se forem realizadas com os recursos do FAC, abre-se o precedente. Se entrarem alguns projetos agora, nos anos seguintes a Secretaria poderá abocanhar a maior parte dos recursos do FAC. A concorrência desleal proibida pela lei estará se realizando na prática. Depois mudam a lei.

http://www.t-bone.org.br/index.php/t-bone-cultural/noite-cultural-2-21/secretaria-de-cultura-produtora-ou-fomentadora/
 

Sunday, June 23, 2013

‘Reforma Política Já’


Autores do Ficha Limpa lançam o ‘Reforma Política Já’

Com o apoio de 70 instituições, movimento quer aproveitar nova onda de pressão popular para mudar sistema eleitoral em 2014

22 de junho de 2013 | 17h 49
Valmar Hupsel Filho - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Em tempos de manifestações nas ruas por mudanças na sociedade brasileira e crise da representatividade dos partidos políticos, uma rede formada por 70 instituições inicia, a partir desta segunda-feira, 24, a campanha Reforma Política Já. Os mesmos autores que propuseram a Lei da Ficha Limpa querem promover um chamamento público nacional para colher assinaturas suficientes para a aprovação de um projeto de lei de iniciativa popular que sugere alterações no sistema eleitoral que possam valer já nas eleições do ano que vem.
A duas principais alterações propostas são a extinção das doações de pessoas jurídicas, e restrições às feitas por pessoas físicas para campanhas; e a realização de eleições proporcionais (para vereadores e deputados) em dois turnos, onde no primeiro os eleitores votariam nos partidos e, no segundo, nos candidatos. Isso, segundo os autores, representaria redução dos custos e maior transparência no processo eleitoral, fortalecimento dos partidos e suas ideias programáticas, e a eliminação do clientelismo e "da nefasta influência do poder econômico nas eleições".
A ideia é não só para transformar a proposta em projeto de lei, como aconteceu com a Lei Complementar 135/2010 (Ficha Limpa), mas sancioná-lo a tempo para que as novas regras incidam sobre a eleição de 2014. "O sistema político brasileiro está tão defasado que não é justo para o Brasil passar por outra eleição com estes moldes", disse o juiz Márlon Reis, cofundador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
A campanha pode ganhar força num momento de grande pressão popular. No pronunciamento que fez em cadeia de rádio e TV na sexta-feira, 21, Dilma disse que quer contribuir para a construção de uma "ampla e profunda" reforma política.
A meta da campanha é recolher 1,5 milhão de assinaturas num prazo de 30 dias. O número equivale a 1% do eleitorado brasileiro, mínimo necessário para dar início à tramitação do projeto, que deve estar aprovado, sancionado e publicado no Diário Oficial até a data limite de 5 de outubro, exatamente um ano antes das eleições.
Márlon Reis considera o prazo possível. "Na lei contra a compra de votos, todo o processo, desde o início da coleta de assinaturas até a publicação no Diário Oficial, durou 32 dias", disse.
Baratear. Além da extinção do financiamento de campanhas por empresas, o projeto prevê um teto máximo para doações feitas por pessoas físicas de um salário mínimo por doador. "A ideia baratear as campanhas, pulverizar as doações e impedir que um grande financiador seja o dono do mandato", disse Reis. Ele ressalta que as doações seriam feitas ao partido e não mais ao candidato, como é possível atualmente.
A adoção do que os autores chamam de "voto transparente" também representaria o barateamento do sistema eleitoral, segundo o promotor de Justiça Edson de Resende Castro, membro do MCCE e coautor da minuta do projeto.
Na eleição em dois turnos, o primeiro serviria para a definição da quantidade de cadeiras que ocupará cada partido na legislatura seguinte. Os eleitores votariam nos partidos e não em candidatos, que não poderão participar da campanha nesta fase. Quanto mais votos receber uma legenda, mais cadeiras ocupará no Legislativo.
"Com três meses de campanha no horário gratuito de rádio e TV, as campanhas seriam mais programáticas porque os partidos não teriam outra alternativa senão apresentar e discutir propostas", disse. "O sistema atual não valoriza os partidos." Definida a quantidade de vagas a serem ocupadas por cada legenda, os partidos apresentariam a lista de seus candidatos.
Assim, segundo Castro, seria reduzida em cerca de 70% a quantidade de candidatos ao Legislativo, o que daria maior representatividade aos eleitos. 


Revista alemã compara protestos no Brasil à revolta que derrubou Muro



Revista alemã compara protestos no Brasil à revolta que derrubou Muro

Der Spiegel traça paralelo entre os dois movimentos. Já o Die Zeit diz que brasileiros realizam algo que "sul-africanos e alemães não se atreveram a fazer"


"Finalmente, uma democracia se revolta contra uma profundamente antidemocrática Fifa. O que a África do Sul e mesmo a Alemanha não se atreveram a fazer, é realizado agora por um país emergente que luta por seu lugar no mundo", constata o jornalista do Die Zeit.
"Danke, Brasilien!" ("Obrigado, Brasil!") é o título do artigo opinativo publicado neste sábado pelo site no respeitado semanário Die Zeit, em que o repórter afirma que os brasileiros "prestam um grande favor ao mundo", mostrando não só uma prova "do amadurecimento democrático de um país" mas também dando uma lição à Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Oferta de diálogo
Já uma análise publicada pela versão online da revista Der Spiegel afirma que a revolta dos brasileiros também tem como alvo a Fifa, organização "considerada por muitos como sinônimo de nepotismo e corrupção e denegócios sem escrúpulos" e também contra os "criminosos cartolas brasileiros", que "há décadas decidem o rumo das coisas e dos quais faz parte o antecessor de Blatter (na presidência da Fifa), João Havelange".
O texto ressalta que "o que está acontecendo hoje no Brasil é algo totalmente novo" para a entidade. "Pela primeira vez, o povo, que paga por essa Copa do Mundo da Fifa (e também pelos Jogos Olímpicos de 2016), se revolta", ressalta o artigo. E, com ele, também os jogadores. "'Nós somos o povo', disse Luiz Felipe Scolari'". O autor lembra que essa mesma frase foi o lema gritado por "centenas de milhões de pessoas" nas famosas passeatas de Leipzig. "Poucos dias depois, o Muro caia, e era destituído um ditador, que sempre abusou do esporte como um veículo de propaganda", compara.
Outro destaque na mídia alemã neste sábado foi discurso da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, oferecendo diálogo aos manifestantes e propondo um "grande pacto" com governadores e prefeitos, além de mais dinheiro para saúde, transportes e educação, conforme noticia a reportagem intitulada Dilma Rousseff promete mais dinheiro aos brasileiros, publicada pelo site do jornal conservador Die Welt.
Segurança do torneio ameaçada
Os veículos alemães também ressaltam que os tumultos já comprometem a diretamente segurança das Copa das Confederações e irritaram Luiz Felipe Scolari. Alguns veículos deram destaque, neste sábado, à notícia de que o técnico da seleção brasileira foi obrigado a fechar os portões nos treinos de sua equipe "devido a uma repreensão da Fifa".
Uma reportagem publicada pela agência alemã DPA e reproduzida em diversos portais afirma que a nova medida vem mesmo depois que "a Fifa desmentiu que fosse reforçar sua política de segurança (para o torneio), por causa dos protestos no Brasil". O técnico italiano, Cesare Prandelli, também reclama, segundo a mesma fonte, dizendo que foi proibido de deixar o hotel, tanto em Recife como em Salvador.
Deutsche Welle

Agenda do país mudou e autoridades precisam se adequar, analisa pesquisador da PUC Rio


Agenda do país mudou e autoridades precisam se adequar, analisa pesquisador da PUC Rio

23/06/2013 - 10h43
Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O professor e pesquisador do departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro Ricardo Ismael avalia que as manifestações que ocorrem em várias partes do Brasil está provocando uma mudança na agenda nacional. Ele destacou que autoridades de diversas esferas do país, que não deram declarações nas primeiras manifestações, começam a se manifestar.
“Significa que, primeiro, a agenda mudou no pais. As ruas, com esse movimento todo, trouxeram novos pontos para a agenda. Os políticos, de uma forma geral, passaram os últimos dias calados e agora começam a falar o óbvio, o que está nas passeatas”, disse.
Para o pesquisador, houve uma adaptação à nova agenda, mas só isso não é suficiente. “Discurso não conta mais não. O que importa agora são fatos concretos. Quem sair dizendo que vai fazer isso ou aquilo, se não mostrar como vai fazer, não tem muita repercussão. Isso aí mudou. Hoje só tem uma coisa de concreta, recuaram nos aumentos das passagens. O resto não tem nenhuma repercussão”, avalia.
O professor lembra que em outros dois momentos da história do país os estudantes foram decisivos. O primeiro foi na Passeata dos 100 Mil, em junho de 1968, no centro do Rio. Naquele momento, segundo ele, apesar de sofrer certa influência do movimento de maio de 68 na França, havia a luta contra a ditadura pela qual o país atravessava. O outro evento, de acordo com o professor, foi o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. “A ditadura militar naquele momento era o elemento de mobilização. Esse é um evento marcante. O evento do impeachment do Collor também, pela dramaticidade. É eleito e perde o mandato acusado de corrupção. Lá os estudantes foram às ruas e não só eles, tinha a CUT [Central Única dos Trabalhadores], o PT, o Movimento de Ética na Política e os caras pintadas. Tem uma série de movimentos que nascem e têm repercussão forte. Esses dois são exemplos”, disse.
Na avaliação de Ricardo Ismael, com relação às manifestações atuais, agora é momento das polícias Militar e Civil analisarem as imagens para identificar os que estão participando apenas com a intenção de provocar depredações e atos de vandalismo. “A Polícia Civil e a Militar têm que tentar estabelecer alguma estratégia de identificar e prender essas pessoas. De fato não são manifestantes. Não estão ali para fortalecer a democracia. Então com esse tipo de atitude tem que se lidar de forma profissional. Tem que identificar”, defendeu.
Edição: Fernando Fraga
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Wut in Brasilien hält an: Solidarität bei Exil-Brasilianern in Deutschland

Protestvideo einer jungen Brasilianerin


Fußball-WM 2014: Protestvideo einer jungen Brasilianerin: "Darum bin ich bei der WM nicht dabei"

Hunderttausende Brasilianer demonstrieren gegen Korruption und teure Sportereignisse in ihrem Land. Weniger laut, aber nicht weniger eindrücklich macht auch eine junge Frau namens Carla ihrem Ärger über die Geldverschwendung Luft - mit einem intelligenten YouTube-Video.
Video abspielen...Video
Youtube
Hamburg - Wer noch nicht verstanden hat, warum in den vergangenen Tagen Hunderttausende Menschen auf Brasiliens Straßen gegen Korruption und die WM 2014 demonstrierten, sollte sich sechs Minuten Zeit nehmen und sich die Problematik von einer blonden, jungen Frau erklären lassen.

Seelenruhig erzählt die Brasilianerin Carla Dauden ihrem Zuschauer, warum sie keine Lust auf die Weltmeisterschaft in ihrem Land hat - und auch nicht dabei sein wird. Sie findet dafür einfache Worte und bindet zur Untermalung Videosequenzen ein, die mal wütende Landsleute, mal eine beschwichtigende Präsidentin und mal bewaffnete Polizisten zeigen. Sie arrangiert alles so eindrücklich, dass seit dem 17. Juni fast 2,8 Millionen Menschen ihren YouTube-Film angeklickt haben. (Hier geht es zum Video von Carla Dauden.)Während in Brasilien an den Stadien für die Weltmeisterschaft 2014 geschraubt wird, wächst in der Bevölkerung die Abneigung gegen das sportliche Großereignis. Dauden, die in den USA lebt und dort als Regisseurin arbeitet, fasst die Gründe wie folgt zusammen.
Von der Regierung alleingelassen
Die WM 2014 werde rund 30 Milliarden Dollar kosten - mehr als die vergangenen drei Weltmeisterschaften zusammen. "Muss das sein?", fragt sie. In einem Land, in dem der Analphabetismus im Schnitt zehn Prozent beträgt? Das im Human Development Index Rang 85 einnimmt? In dem 13 Millionen Menschen nicht genug zu essen haben und viele Leute mangels medizinischer Versorgung sterben? "Braucht so ein Land mehr Stadien?"
Es folgen TV-Bilder von einer Ärztin, die außer sich ist vor Wut. Sie fühle sich von der Regierung alleingelassen, sagt sie, sie könne nicht genug für ihre Patienten tun. Aber wohin, fragt Dauden, gehen all die Steuern, die die Menschen zahlen? Warum landen sie denn nicht bei denen, die Hilfe benötigen?
Ein gängiges Argument der Politiker: Mit der WM werde alles besser - das sportliche Großereignis sei der nötige Anreiz, um aus Brasilien ein besseres Land zu machen. Dauden: "Wie bitte? Welches Land braucht einen Anreiz, damit es sich um sein Volk kümmert?"
"Wir brauchen keine Stadien, wir brauchen Bildung"
In ihrem Video sinniert sie über sozial benachteiligte Bevölkerungsgruppen wie die Menschen in den Favelas. Die Politiker würden doch bloß den "Dreck unter den Teppich kehren", wenn sie Drogenbanden zeitweise aus den Armenviertel vertreiben, sagt Dauden. Wie lange können die sogenannten Befriedungstruppen die Favelas von dem Bösen befreien? "Es ist eine temporäre Lösung für ein tief liegendes Problem."


Dauden spricht auch über diejenigen, die aus ihren Wohnungen vertrieben wurden. Häuser seien zerstört worden, um Platz zu schaffen für Olympiastätten. BrasiliensUreinwohner seien mit Pfefferspray aus einem Kulturzentrum verjagt worden. An dem Ort entstehe nun das Museum des Olympischen Komitees."Versteht mich nicht falsch", sagt Dauden. "Die Weltmeisterschaft und die Olympischen Spiele sind großartige Veranstaltungen. Aber sie sind nicht das, was unser Land braucht." Ihr Fazit: "Wir brauchen keine Stadien, wir brauchen auch nicht noch mehr Party. Wir brauchen Bildung, Jobs und einen nachhaltigen Lebensstil."
Ab Minute 4:30 blendet die junge Brasilianerin eine Rede von Präsidentin Dilma Rousseff ein. Es geht um den Wohlstand der Mittelschicht, die verbesserte Infrastruktur, Sicherheit. "Das neue Brasilien wird 2014 die Welt verzaubern", sagt sie. Im Hintergrund dudelt die brasilianische Nationalhymne, Rousseff wird unterbrochen von den O-Tönen aus eingeblendeten Videosequenzen: von Schreien bei Straßenschlachten - und von Schüssen.
jus

Friday, June 21, 2013

Pode ser a gota d´água


Desculpe o transtorno


Fernando Pessoa


O motivo é só um


O gigante despertou: quo vadis? E agora, José?

 Antonio Miranda, poeta, professor titular da Universidade de Brasília

O Brasil sempre foi reconhecido como pacifico, tolerante e despolitizado. No Exterior, conhecido pelo estereotipo da combinação do futebol com o carnaval, do erotismo e exotismo de seu comportamento e a exuberância dos recursos naturais e meio-ambiente. Gilberto Freyre cunhou a imagem de uma “unidade na diversidade”, de uma sociedade de “casa grande e senzala” em que as tremendas diferenças de classe eram amenizadas pelas relações sociais afetivas. Uma vasta extensão territorial onde a língua aproximou e forjou o país mesmo antes da abertura de estradas, da conquista do interior — em que se insere o desenvolvimento tardio da Amazônia e do Centro-Oeste. Roberto da Matta encontra na sociedade brasileira, em confronto com outros povos, um comportamento ambivalente, em que somos mais liberais na rua do que dentro de casa. Vem em nossa configuração ou estereotipo a herança colonial, o patriarcalismo, a capacidade de apaziguar os conflitos, o “jeitinho” brasileiro. Numa redução simplista, partimos da colonização portuguesa, passando pela miscigenação racial oriunda da escravatura e, posteriormente, pela imigração de europeus e asiáticos, conformando uma idiossincrasia mais sincrética, um hibridismo de valores e crenças. Um fascínio pela cultura e língua francesa no nosso processo civilizatório e, nos últimos sessenta anos, a adoção — não necessariamente a eleição — da cultura norte-americana como modelo. Um país de cultura “mestiça”, não apenas pelos cruzamentos raciais, mas sobretudo pela amálgama de costumes e valores, apesar das enormes diferenças regionais, do baixo nível educacional. Apesar dos avanços mais recentes graças à escolarização universal e à ascensão social de milhões de pessoas à cidadania e a condições mais razoáveis de vida, mas sem vencer ainda as tremendas desigualdades sociais. Stefan Zwaig cunhou a legenda de ser o Brasil “o país do futuro” e Michel Sèrres derivou a sua “filosofia mestiça” inspirada no hibridismo e no nosso ecletismo.

 Como explicar os levantes de junho de 2013 em todo o país e, em escala mais reduzida, nas periferias e no interior? Reflexo da melhoria dos níveis de educação, da inclusão social, das mudanças significativas no poder aquisitivo e consequente acesso aos bens de consumo?

 A perplexidade do governo e da classe política diante das passeatas, das manifestações públicas de repúdio às práticas da corrupção e da violência, denúncia de gastos públicos sem transparência, inflação crescente. Custos de obras públicas exorbitantes, entre elas as das copas das confederações e a mundial, enquanto é flagrante a precariedade das infraestruturas: estradas, hospitais, escolas, formação de recursos humanos e segurança pública. As críticas aos partidos políticos tradicionais, o rechaço às práticas de negociação com os partidos da base de governo, o loteamento de cargos públicos, a exoneração constante de ministros e servidores públicos que logo, quase sempre, são renomeados para outras funções. Impunidade. Lentidão da justiça. A forma de governar por medidas provisórias.

 Os cientistas políticos, os jornalistas mais especializados e os economistas, durante os meses do julgamento do Mensalão, no Supremo Tribunal Federal, foram enfáticos em apontar para a enorme reserva de manobra que o governo tem para o aliciamento de pessoas carentes mediante programas assistenciais. O baixo nível de desemprego e uma elevação, ainda que discriminatória, do “índice de desenvolvimento humano” explicariam que não houve, durante o julgamento do referido Mensalão, protestos nem uma comoção nacional. Mas certamente que o processo causou um tremendo impacto na consciência das elites e das camadas mais intelectualizadas, formadoras de opinião por excelência, e que o “alheiamento” das classes mais despossuídas não significa necessariamente desconhecimento da gravidade do que estava sendo julgado.

 Por que os brasileiros, a exemplo do que era a nossa tradição, não saiu pintando as ruas, colocando bandeiras nas janelas, em unívoca e uníssona torcida por todo o país desde a abertura da Copa das Confederações? Como explicar o constrangimento das manifestações multitudinárias na inauguração do Estádio Nacional de Brasília, ameaçando o acesso dos torcedores ao jogo entre Brasil e Japão? E a vaia durante a fala da Presidente Dilma Roussef, de repercussão internacional? Por que, em vez de celebrar a primeira vitória da seleção de futebol enquanto, ao contrário das vezes anteriores — que sempre foi de carreatas e fogos de artifício — parte considerável da população saiu às ruas das principais cidades para protestar contra o aumento das passagens dos transportes públicos, questionando os altos custos das obras nos estádios, levantando as questões da precariedade dos serviços públicos de saúde e educação, numa pauta difusa, sem lideranças explícitas? Quem leu “A rebelião das massas”, de Ortega e Gasset, sabe que as manifestações incluem diferentes grupos, dos mais bem intencionados até os radicais, que atraem o lumpem, os que vivem nas ruas e os marginais sem voz e sem direitos e que, a qualquer pretexto ou falta de monitoramento, descambam inevitavelmente para os excessos pelos recalques sociais.

 Por dias seguidos, entre passeatas pacíficas, tentativas de invadir prefeituras, saqueando lojas, culminando com a “tomada” do Congresso Nacional, onde, mesmo sem invadir o prédio, os manifestantes enfrentaram a polícia e subiram as rampas e o telhado entre as cúpulas do Senado e da Câmara dos Deputados, ao lado do Palácio do Planalto, gritando palavras de ordem e exibindo cartazes com reivindicações contra os altos salários dos políticos, pedindo transporte gratuito, exigindo respeitar o direito do Ministério Publico de fazer investigações, e até questões relacionadas com os direitos dos indígenas e mais verbas para a educação. Sem aceitar o apoio de partidos políticos tradicionais, repudiando a presença de sindicatos e não admitindo a presença de políticos em suas fileiras. Sem lideranças explícitas, convocados pelas redes sociais. Tudo isso depois de manifestações exemplares — no sentido cervantino do termo — da Primavera Árabe, das insurgências na Rússia e os levantes na Turquia a pretexto de impedir a reurbanização de uma praça pública, mas que revelam repúdio ao autoritarismo crescente de um governo que começa a erodir o laicismo e o sentido plural da composição do governo. Tendo como pano de fundo os antecedentes do derramamento de informações sigilosas de governos pelo Wikileaks e as denúncias de monitoramento de arquivos privados dos meios de comunicação pelo serviço secreto do governo do Obama.

A explicação estaria na mudança de paradigmas e nas transformações dos meios de comunicação pelas tecnologias. Partimos de um modelo “de poucos para poucos”, em tempos mais remotos, quando poucos autores escreviam e eram ouvidos ou lidos por uma público muito limitado, mesmo depois do advento da tipografia. Seguiu-se um modelo “de muitos para muitos” com os avanços da educação e da pesquisa em escala mundial, sobretudo com o surgimento de meios reprográficos, da comunicação de massa, da crescente segmentação dos meios de comunicação abertos e por cabo, da imprensa alternativa e dos meios mais interativos de acesso ao conhecimento, sem menosprezar o avanço da multivocalidade, da transdisciplinaridade e outros meios de criação coletiva e compartilhando mais solidário dos acervos informacionais. Sem esquecer das tendências para um compartilhamento mais aberto mediante dispositivos como o Creative Commons e Science Commons, em favor da flexibilização dos direitos autorais, na Era Pós-moderna. Mas estamos agora em outra etapa, na Hipermodernidade, em que a hipermidiação, a mobilidade dos meios de comunicação, a atualização em tempo real dos conteúdos informacionais, a simultaneidade e ubiquidade dos acessos aos repositórios e, acima de tudo, a possibilidade de comunicação multilateral dos usuários através de redes sociais, mudaram o cenário completamente. Pari passu com o distanciamento do público com as instituições tradicionais como os partidos políticos — criando um significativo descrédito no sistema de representação política, assim como das religiões e do ensino tradicional. É o advento do modelo “de todos para todos” em que, em escala crescente, as pessoas produzem, compartilham e retransmitem textos, imagens, músicas, ou produtos híbridos no sentido da AV3- animaverbivocovisualidade que, graças à convergência tecnológica dos processos digitais e virtuais, amalgamam textos, voz, imagens e animações por processos mais criativos, graças a aplicativos de acesso generalizado.

É nesse contexto que acontecem os levantes por todo o Brasil em junho de 2013, sem uma noção clara de seus desdobramentos, com a perplexidade dos próprios insurgentes assim como das classes políticas, sindicais, da justiça e dos meios de comunicação do país. E agora, José? Quo vadis?

Brasília, 19.06.2013

Wednesday, June 19, 2013

Sarau em homenagem a ANE



Sarau do Beijo
Poemação no Beijódromo
Homenagem a Associação de Escritores



A Fundação Memorial Darcy Ribeiro no campus da Universidade de Brasília, conhecido como Beijódromo, abre as portas do memorial para a poesia do Distrito Federal. O Sarau do Beijo pretende dar ênfase à poesia brasiliense, divulgando seus poetas e sua poesia, na multiplicidade de sua expressão, homenageia pelos cinquenta anos de fundação, pelo trabalho realizado em prol da cultura brasiliense e o apoio aos poetas e escritores locais no DF a Associação Nacional de Escritores – ANE, no dia 02 de julho, no Beijódromo.
Além dos poetas da ANE participam do Sarau do Beijo os poetas José Edson dos Santos, lançando seu mais recente livro, Loucura pouca é bobagem, Wélcio de Toledo e Yanoré Flávio. O poeta Nicolas Behr entrevista a presidente da ANE a escritora  Kori Bolivia, a parte musical fica a cargo da cantora Claudia Telles e o Sarau do Beijo tem a curadoria do Poemação.

Associação Nacional dos Escritores –  Um grupo de praticantes da  literatura e das belas artes, entusiasmado com a cidade Brasília recém inaugurada, resolveu se juntar em sociedade  para melhor discutir e divulgar suas criações.  Nasce a ANE, a primeira instituição cultural de Brasília em 21 de abril de 1963 que deu origem a outras entidades, como a Academia Brasiliense de Letras, o Sindicato de Escritores no Distrito Federal.
 A Associação Nacional de Escritores tem cerca de 340 escritores. Hoje, há 200 sócios vivos. Escritores de Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, Ceará, Goiás, São Paulo, Acre, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e no exterior. A grande maioria é de Brasília. Comemorando os cinquenta anos da ANE tendo hoje  como presidente Kori Yaane Bolivia Carrasco Dorado (nome literário Kori Bolivia)

José Edson dos Santos  - Loucura pouca é bobagem  é o mais novo trabalho do poeta Joyedson.  Nasceu em Macapá, no estado do Amapá, região amazônica brasileira e mora em Brasília desde 1974. É professor de artes cênicas. Publicou em 1972 em Macapá, Xarda Misturada com José Montoril e Ray Cunha.  Em 1978 participou da antologia organizada por Salomão Sousa, Em Canto Cerrado. Em 1980, publicou Águagonia e Latitude Zero, com edição mimeografada por Paulo Tovar. Bolero em Noite Cinza em 1995, Ampulheta de Aedo em 2005 e agora nos apresenta Loucura pouca é bobagem.

Welcio de Toledo filho de candangos foi batizado na igrejinha da Vila Planalto, onde nasceu em 1970. Formado em História, com mestrado em Educação pela UnB,  é professor, poeta e atua em movimentos sociais e culturais do DF, principalmente relacionados à identidade cultural, memória, literatura e artes em geral. Iniciou na militância cultural nos idos de oitenta, na efervecência do movimento punk escrevendo letras de música e manifestos anarquistas.
Possui poemas na Coletânea Fincapé, do Coletivo de Poetas de Brasília e em 2012 lançou o livro intitulado "Poemas, Visões e Outras Viagens".

Yonaré Flávio – Alagoano, nascido em Maceió, entre o mar, os coqueiros, as lagoas, os pífanos do esquenta-muié e os pandeiros dos emboladores de coco que enfeitavam as ruas da infância. Crescido embalado pelo frevo e o forró, veio o Teatro com todas as suas vidas. Cadernos de Poesia: Perímetro Urbano, Agruras do Sentimentalismo são obras publicadas. Yonoré é poeta, ator e educador.

 Clara Telles, natural de Brasília, iniciou sua carreira como cantora aos oito anos de idade, como integrante do coro infantil do Teatro Nacional Cláudio Santoro, na ópera Um Baile de Máscaras, de Verdi. Participou do elenco de outras óperas como Carmina Burana, Carmem, La Bohéme, Hansel und Gretel, O Pequeno Príncipe, O Menino Maluquinho, dentre outras, também integrando, posteriormente, os coros juvenis e adultos, do mesmo teatro.

Em 2009, aos 17 anos, Clara deu início à sua carreira solo, apresentando shows como “ Lado B – O melhor da MPB ” e “(RE)VERSO”.


Atualmente, participa de vários projetos artísticos, literários e musicais e leva seus shows para diferentes casas de espetáculos da cidade.








Sarau do Beijo
Poemação no Beijódromo
Dia 2 de julho 2013 – Terça feira
Das 19:00 as 21:00
Entrada Franca